domingo, 14 de agosto de 2016

Cabeça oca.


Minha estrela metalúrgica
Meu touro Adebaran
Abram portais celestes
Ligando o tudo ao nada

De cá da minha pouca visão
Um  ângulo oposto ao vértice
Um olho fechado na noite
Enxerga estrelas cadentes

Portas se abrem ao vento
O vácuo tomou o espaço
Paralelas formam horizontes
O concreto sustenta a moldura

Não existem limites imaginários
Pois as palavras fogem da boca
E um pensamento circula vazio
Dentro desta cabeça oca.


Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

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