sábado, 11 de dezembro de 2021

AO CHEIRO DAS ÁGUAS

 


“Como os galhos secos de uma arvore qualquer”
Eu me debruço sobre a rocha
Sobre a sequidão do solo
Na agonia dos dias de tédio
Somente tenho as cigarras a embalar as minhas tardes de solidão
E o vento seco a castigar a minha casca
A morte ronda constantemente as pontas das minhas raízes
Mais com um urso hibernado eu resisto
Espero calado e rígido sob sol causticante
Por uma gota de primavera
Pois ao cheiro das águas brotarei.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira


Nenhum comentário:

Postar um comentário