segunda-feira, 22 de julho de 2013

O risco


A beira mar...
Vendo o sol se por
No vermelho do calor
Que o dia absorveu.

É minha alma alada
Feito andorinhas distantes
Sob a linha horizonte
Que o Senhor Deus riscou.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

domingo, 21 de julho de 2013

O pouso.


É preciso pousar
Para descansar as asas
Acalmar o coração

É preciso pousar
Para renovar as forças
Reabastecer as esperanças

É preciso pousar
Para por ordem na casa
Fazer um balanço da vida

É preciso pousar
Para repensar o vôo
Analisar o destino

É preciso pousar
Para relaxar o corpo
Para enfim seguir viagem.


Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Lamentação.


Eu me perco...
Nas vagas do tempo
Nos vãos pensamentos
Na eterna procura

Minha alma guerreira
Sonhadora e sem rumo
Fica contando os dias
Fica contando as horas

Eu lanço palavras
E recolho lamentos
Na pura melancolia
Dos moinhos de ventos

Eu apenas observo
O enferrujar dos dínamos
Das fontes estagnadas
Que um dia jorraram amor.


Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Sedução


Estes seus lábios negros
Que me lambem carinhosamente
Feito um soverte de jabuticaba
Pois nosso amor nunca se acaba.

Estas suas unhas negras
Pintadas como as de panteras
Seduzem-me na noite escura
Onde você sempre se revela.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sábado, 13 de julho de 2013

Saia.


Nada é mais importante
Do que libertar-se
Por isso saia do muro
Saia das paredes do quarto

O mundo é vasto
Os sonhos são imensos
A vida é uma só
Mas existem esperanças.

Nada é para sempre
Aproveite seus momentos efêmeros
Aproveite a sua liberdade
Respire o seu oxigênio.

Nada é mais importante
Faça a sua história
Deixe o seu recado
A eternidade lhe espera,


Autor> Gilberto Fernandes Teixeira

quinta-feira, 11 de julho de 2013

O barro.


O chão de barro
As paredes de barro
As telhas de barro
A pia de barro

O vaso de barro
A casa de barro
O João de barro
O homem de barro.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sábado, 6 de julho de 2013

Quadro amarelo.


Meus olhos ficam cegos vagarosamente
Eu me perco nas sombras e nas penumbras
As cores entram e saem como borboletas
Eu me desfaço em pigmentos multicores

A tinta envelhece nas paredes
O sol castiga os muros e os lagartos
O brilho do dia tem pincel atômico
E os sonhos embalam os corações

Eu vejo o desenhar de uma vida
Eu sinto os traços do tempo
As linhas se escondem nos horizontes
E eu apenas sonho com um quadro amarelo.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira