domingo, 25 de fevereiro de 2018

Entre nuvens.

Me deito em uma rede macia
e fito o céu azul deste belo dia
Nuvens casam e se divorciam
Enquanto urubus sobrevoam a minha mente
Meus pensamentos porém estão contentes
A tristeza em fim foi-se embora
Há sol sobre a terra e sobre os homens
As palavras parecem fazerem sentidos
A rua descansa sobre as sombras das árvores
O vento insiste em soprar uma brisa
Uma lagarta acaba de enrolar seu casulo
Meu corpo balança como um pêndulo solto
Minha cabeça gira feito um girassol
Longe e perto se misturam
Entre nuvens sou quase um anjo
O tédio acena de longe com um lenço branco
Penso em fechar os olhos e dormir
Mais acho que já estou sonhando...

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Pedras.


Juntei pedras coloridas
e imaginei conter o caos das horas insanas
Muita areia entrou com o vento,
nada sem muito sangue pensa direito.
Minha cabeça tem vagas,
nelas estacionei um poema de ré.
Tirei suas  rimas e as suas estrofes,
queria apenas bagunçar o coreto.
Atirei as pedras sobre a terra,
fiz um muro separando as ideias
De um lado ficavam os sentidos
e do outro amarrei a loucura.
Nada dura para sempre,
nem o sempre foi sempre de pedras.
Agora que não existem razões
"Pedras que rolam  não criam limo"
Atirarei!!!


Autor:  Gilberto Fernandes Teixeira