terça-feira, 3 de julho de 2012

Boca


Cala-te boca!
Deixe que eu escreva teu nome
Em letras miúdas
E insignificantes...

Não ouse ó boca!
Sussurrar palavras de saudade
Deixe que a pena
Suje a alma deste papel.

Não diga nada!
Nem murmúres um ruído mórbido
Deixe apenas as lágrimas
Rolem por sobre os meus lábios.

Cala-te boca!
Em meus trêmulos soluços
E despeça-te dela
Com uma única palavra de adeus.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

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