domingo, 11 de março de 2012

Ao verme.


Sei que tua boca me aguarda
Para me degustar por inteiro
A começar pela frente
A terminar no traseiro.

Mas quando comeres o cérebro
Lugar de minha ultima morada
Capriche na velha faxina
Para não deixar lá mais nada.

Vá com calma ao coração
Coma-o bem de mansinho
Que este sofreu de paixão
E nunca recebeu um carinho.

Quanto ao resto do corpo
Coma como quiser
Pode ser vorazmente
Com faca, garfo ou colher.

Mas por favor, não lamba.
Que odeio ser lambido
Coma sem fazer barulho
Quando estiver no pé do ouvido

E desde já lhe antecipo
Que tenhas um bom apetite.

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

2 comentários:

  1. Olá parceiro,
    Independente do tema escolhido você poetisa com desenvoltura. Muito interessante! Você é puro talento... criatividade e simbolismo.O nome desse trio? POESIA!!! Parabéns POETA. Cada dia melhor.
    Beijinhos de cristal
    Gracita

    ResponderExcluir
  2. Muito obrigado amiga! Acho que depois de tanto tempo sem respostas os vermes já comeram o cementário também! KKKKKKKKKKK

    ResponderExcluir