quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O camaleão

Tenho células sensíveis
Procuro me adaptar ao mundo
Procuro não gastar o tempo
Faço dos lugares a minha pele.

Vivo numa profunda camuflagem
Uma adaptação biológica
Escondendo entre os homens
Dentro da humanidade.

Meus olhos estão sempre virando
Ao contemplar a natureza
Sinto que a vida é só fôlego e ar
Um hálito escondido nos corpos.

“Minha metamorfose ambulante”
“Minha sociedade alternativa”
Espero ondas de discos voadores
Encostando o ouvido em parabólicas.

Não consigo trocar de roupa
Estou tatuando meu corpo
Ontem me aproximei de um espelho
E parte dele ficou em mim...

Autor: Gilberto Fernandes Teixeira

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